sexta-feira, 9 de julho de 2010

A CULTURA NO CENTRO DAS DISCUSSÕES

O Elo Cultural do Vale do Mogi é um movimento cultural criado em 2003, reunindo os municípios de Pirassununga, Porto Ferreira, Santa Cruz das Palmeiras, Descalvado, Tambaú, Santa Rita do Passa Quanto e Leme. Em 2010, o movimento foi fortalecido pela inclusão dos municípios de Araras e Casa Branca.
Idealizado por Kleber Gabriel e Marco Riolino, o movimento tornou-se um projeto do Instituto Culturas, ONG estabelecida em Pirassununga, adquirindo personalidade jurídica.
Durante sua existência, o Elo Cultural promoveu reuniões públicas, escutas culturais e, mais recentemente, auxiliou os municípios na realização de suas Conferências Municipais de Cultura, requisito fundamental para participação no Sistema Nacional de Cultura, em fase de criação. Dessa forma, o Elo Cultural possibilitou a eleição de Marco Riolino (Porto Ferreira) como Delegado que representou a região na II Conferência Nacional de Cultura, em 2010 (Brasília).
Agora, às vésperas de novas eleições, é momento de observar que candidato possui uma visão diferenciada da importância do papel da Cultura como fator estratégico numa administração pública. Nesse sentido, estamos preparando ao candidato ao Governo de São Paulo, Paulo Skaf (PSB), pela sua postura e comprometimento com a Educação e a Cultura, um documento com proposituras que apontem para uma gestão cultural para São Paulo com respeito e dignidade a todos os fazedores de cultura desse pedaço de chão. Abaixo, um pequeno trecho do documento:

 O desenraizamento cultural é um dos principais problemas da atualidade. A destruição das identidades, promovidas pela legitimidade do consumo como afirmação do indivíduo na sociedade, resultaram pessoas em busca de garantias de sobrevivência. Porém, ao mesmo tempo, essas pessoas anseiam fruir de bens simbólicos, imateriais e espirituais, o que lhes têm sido dificultado pelo sistema seguidamente adotado pelas administrações públicas, salvo raras exceções.


Os municípios integrantes do Elo Cultural do Vale do Mogi possuem uma riqueza cultural, artística, ambiental e turística própria, indicando um futuro promissor de desenvolvimento sustentável que, entendendo esse o aspecto positivo da globalização: valorizar sua identidade num mundo globalizado. Do mesmo modo que se deve atentar pela defesa da cultura nacional, deve-se atentar para a defesa da cultura local, o que significa promover o intercâmbio sem minimizar os valores locais.

É preciso entender urgentemente que cultura não se trata apenas de manifestações artísticas ou eventos e festas, mas que cultura é tudo aquilo que compõe os modos de vida, os comportamentos e os saberes humanos. Nesse sentido, é a cultura o processo capaz de transformar a realidade social, desde que sejam implementadas políticas públicas focadas no ser humano, com a participação efetiva de todos, sejam crianças, jovens, idosos.

Bem, o documento possui cinco páginas, e apresenta 22 proposituras iniciais, distribuídas nos seguintes tópicos: a Gestão Cultural – orçamento, identidade e diversidade;  a Democratização da Cultura – participação e cidadania; a relação Cultura-Educação; os Espaços Públicos; o Patrimônio Cultural.
Enfim, precisamos incluir a questão cultural nos planos de desenvolvimento estadual, inclusive instituindo critérios de desenvolvimento cultural para investimentos.

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